24 fevereiro 2007

Carta ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior



Um crime contra o Capítulo da Ciência e Tecnologia da Constituição Federal do Brasil

Carta ao MDIC, em 24/02/07, relativa ao Projeto UCA (Um Computador por Aluno)

Prezados Secretários Jairo Klepacz e Antônio Sérgio,

Agradecemos a atenção da sua equipe, em nos enviar estas informações e a oportunidade para análise do tema.

O MDIC e o MCT, com relevante história de realizações para o desenvolvimento da tecnologia e da indústria brasileiras, não podem se curvar à armadilha da subserviência intelectual, inerente ao “pré-acordo com uma importante ONG internacional”, apresentado como argumento na primeira reunião com a indústria no Ministério, realizada em dezembro último.

Trata-se de um projeto de bilhões de Reais, se levado à sério.

O MDIC deve seguir na sua essencial trajetória, para o desenvolvimento sócio-econômico do nosso País, através de suas ações competentes e bem sucedidas, como o Projeto Telecentros de Informação e Negócios e a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior – PITCE:

“A PITCE se baseia em um conjunto articulado de medidas que visam a fortalecer e expandir a base industrial brasileira por meio da melhoria da capacidade inovadora das empresas.”

Pertinente a opinião do empresário João Guilherme S. Ometto, em seu artigo “O diagnóstico das patentes” :

“É inegável a necessidade de ampliar os esforços no desenvolvimento mais acelerado de pesquisas, inovação e registro de patentes, considerando ser a dependência tecnológica a armadilha da subserviência, num mundo no qual o conhecimento é cada vez mais fator de domínio econômico.”

Assim, reiteramos nosso apelo para que o estrago maior seja evitado e que o nosso competente Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior atue para evitar que funcionários do Governo Federal prossigam na decisão de cometer o crime de contrariar os artigos 218 e 219 da Constituição Federal do Brasil, levando à frente um projeto que jamais conseguirá atender aos alunos do ensino básico e fundamental das escolas públicas brasileiras, pela evidente inviabilidade econômica da proposta, para a realidade brasileira.

Se esta fosse uma solução adequada, pedagógica e economicamente, estaria naturalmente sendo largamente adotada em seu país de origem, os Estados Unidos da América, onde a disponibilidade de recursos públicos mostra-se ordens de grandeza superior à realidade do Estado brasileiro.

Países como a China, a Coréia e a Índia, que defendem o seu interesse nacional e adotam uma abordagem responsável ao imenso desafio que o deficit educacional representa, já rejeitaram esta proposta desde o início, porque não tem bases em princípios pedagógicos e não leva em conta a realidade da escola pública, em qualquer lugar.

Não há por que os brasileiros devam estar felizes em se posicionar na fila do Negroponte, ao lado da Líbia e da Nigéria.

Ficaremos bem melhor na companhia de China, Coréia e Índia. (Melhor a companhia de China, Coréia e Índia)

Os requisitos que nos foram apresentados até agora não incluem objetivos quantificados que se pretendem atingir com este projeto, nem que recursos públicos estarão disponíveis. Não há requisitos pedagógicos objetivos a serem atendidos, nem indicadores de desempenho que possam validar o laptop de 26 bilhões de Reais, em comparação com soluções já desenvolvidas no Brasil.

Vale ressaltar que estes requisitos compõem-se de uma lista de intenções genéricas que não contém qualquer objetivo que não possa ser melhor atendido com soluções brasileiras, desenvolvidas por brasileiros, em operação já validada em escolas públicas, que este Governo se recusa a considerar.

A pressa em avançar com esta proposta, sem qualquer debate sério, leva a crer que trata-se apenas de um movimento de marketing político sem qualquer sustentação nos interesses da Nação ou que possa eventualmente esconder outros interesses inomináveis.

Surpreende a forma autocrática com que este projeto vem sendo conduzido, absolutamente surdo às reiteradas manifestações da sociedade e da indústria brasileira, em especial.

Continuamos à disposição para contribuir, quando o Governo abrir um debate democrático sobre o tema.

Na expectativa de contarmos neste momento crucial, com o seu decisivo apoio, agradecemos a atenção que nos for dispensada.

Atenciosamente,

Carlos Rocha


Fonte: http://www2.samurai.com.br/laptop_100_dolares/carta_mdic_240207

14 fevereiro 2007

Serpro recebe dois protótipos do ClassMate





O presidente da Intel, Oscar Clarke, fez a entrega ao diretor superintendente do Serpro, Donizeti Rosa, de dois laptops educacionais "ClassMate".

Os equipamentos serão encaminhados ao Centro de Especialização Unix-Linux na representação do Serpro em Recife, onde passarão por testes de desempenho e software.

Segundo Oscar, a característica do Classmate é ser um computador interativo que facilitará a vida do professor e do aluno. No final de março, 800 unidades serão entregues ao MEC, que fará o repasse para duas escolas estaduais de Piraí (RJ) e Palmas (TO). O presidente da Intel salientou que "a empresa tem o comprometimento com os projetos educacionais do governo. Por isso, os aplicativos educacionais oferecem um sistema amigável, fácil de operacionalizar e preparado para operar em ambiente Linux."

O foco destes equipamentos está voltado para os ambientes educacionais dos países emergentes. "O nosso modelo experimental tem início no Brasil e, em breve, será demonstrado na Nigéria".

A empresa Metasys, responsável pelo desenvolvimento do programa, fez a apresentação das facilidades da solução em sala de aula.

Este equipamento da Intel junta-se a outros dois laptops já em estudo no Serpro: o Mobilis, desenvolvido pela empresa indiana Encore e o XO, idealizado pelo fundador e presidente da organização One Laptop per Child (OLPC), Nicholas Negroponte. Esses equipamentos pretendem contribuir para que a educação se torne mais ativa e interessante, apoiando o programa de inclusão digital do governo federal.

O Serpro, como empresa pública de tecnologia da informação e comunicações, integra o Programa UCA (Um Computador por Aluno), do governo federal, que estuda a aplicação pedagógica do computador no universo escolar brasileiro. Com a experiência de 42 anos na área de TIC, a Empresa disponibiliza ao Programa seu capital intelectual e know how tecnológico. Atualmente, o Serpro é referência em software livre.

Além do Serpro, CERTI (Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras), CenPRA (Centro de Pesquisas Renato Archer), LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis - USP), a Secretaria de Educação a Distância do MEC, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) participam dos testes de avaliação dando suporte e consultoria ao governo.

Comunicação Empresarial do Serpro, 14 de fevereiro de 2007

Fonte: http://www.serpro.gov.br/noticiasSERPRO/20070214_05

07 fevereiro 2007

Ultra-Mobile PC?




O sítio "Origami Portal" propõe-se a ser fonte de informação e notícias sobre os Ultra-Mobile PC (UMPC).
Nele podemos conhecer as últimas novidades em computadores de dimensões reduzidas e preços, nem tanto.
Vale a pena uma visita para conhecer os lançamentos, os novos "designs" e as tendências do mercado (em termos de preço e desempenho).
Também há alguns "posts" com "mockups" (e.g. Origami) e a evolução de algumas soluções, como a do OQO modelo 01 e o premiado modelo 02.

Disponível em: http://www.origamiportal.com/

Distribuição dos CLASSMATE recebidos pelo MEC


Os computadores CLASSMATE da Intel, recebidos pelo MEC, já foram encaminhados para testes, conforme relação abaixo:

LSI/USP - 03 unidades
CENPRA - 03 unidades
CERTI - 03 unidades
UFRGS - 03 unidades
SERPRO - 02 unidades
SEED/MEC - 02 unidades
SEB/MEC - 02 unidades
ITI/Casa Civil - 01 unidade
Faculdade de Educação/UnB - 01 unidade
Assessores Pedagógicos - 07 unidades (01 per capita)
Reserva para Oficinas - 03 unidades
TOTAL - 30 unidades

02 fevereiro 2007

Reunião com representantes do NEO




Reunião com o Sr. Ricardo Duarte de Freitas, Diretor de Pesquisas da empresa Neo Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, que desenvolveu modelo de computador popular de alto desempenho e que possibilita o uso do aparelho de TV como substituto ao monitor de vídeo.

Local:
Sala de Reuniões da SEED/MEC

Participantes:
Cristiano Bento - SEED/MEC
Espartaco Madureira - SEED/MEC
João Paulo -SEED/MEC
Juninho - Neo Tecnologia
Laércio Oliveira - CEINF/SAA/MEC
Mauro Moura - SEED/MEC
Rafael - Neo Tecnologia
Renato da Silva - SEED/MEC
Ricardo Duarte de Freitas - Neo Tecnologia

Escola de Piraí/RJ será a primeira a realizar projeto piloto com o Classmate



A Escola Municipal Castelo Branco, de Piraí/RJ, será a primeira escola da rede pública a implantar projeto piloto de uso educacional do notebook Classmate da INTEL.

Escola de Porto Alegre será a primeira a realizar projeto piloto com o XO


Conforme o sítio de notícias do LEC (Laboratório de Estudos Cognitivos da UFRGS), a Escola Estadual Luciana de Abreu, de Porto Alegre/RS, será a primeira a realizar experiências "de construção de modelos pedagógicos que utilizem os laptops XO no Rio Grande do Sul".

Notícia disponível em: http://noticias.lec.ufrgs.br/?p=30

01 fevereiro 2007

MEC recebe 30 Classmate PC da INTEL




Ontem, dia 31 de janeiro de 2007, o MEC recebeu 30 (trinta) Classmate PCs da INTEL. Esses equipamentos são os primeiros de uma doação de 800 notebooks educacionais a terem o seu uso pedagógico testado em escolas da rede pública do país.

Oficina sobre funcionalidades da rede Mesh do dispositivo XO no Rio de Janeiro (01 e 02/fev/2007)



Local:
Universidade Federal Fluminense (UFF)

Participantes:
David Cavallo - OLPC
Edjair de Souza Mota - UFAM
Jacir Luiz Bordim - UnB
Liane Margarida Rockenbach Tarouco - UFRGS
Luiz Cláudio Schara Magalhães - UFF
Marco Antonio Vieira Maia de Vasconcelos - UFPB
Michail Bletsas - OLPC