22 janeiro 2007

Novas maneiras de ensinar e de aprender com o XO/OLPC




Conforme é de conhecimento de todos, o CONSTRUCIONISMO, de Papert, é a concepção pedagógica que sustenta a solução XO, da OLPC.

Após breves leituras, podemos identificar alguns dos seus pressupostos:

1) a melhor aprendizagem ocorre quando o aprendiz assume o comando de seu próprio desenvolvimento em atividades que sejam significativas e lhe despertem o prazer;

2) as crianças são os construtores ativos de suas próprias estruturas intelectuais;

3) a tecnologia não pode ser usada para melhorar a escola; a tecnologia irá substituir a escola que conhecemos;

4) a necessidade do uso pedagógico do computador, sendo que este é ferramenta para a construção do conhecimento e para o desenvolvimento do aluno;

5) a necessidade do uso de um ambiente ou de uma abordagem LOGO;

6) a necessidade de compreensão/uso do ciclo "descrição-execução-reflexão-depuração", que propicia ao aluno condições de realizar sucessivas ações, reflexões e abstrações;

7) cabe ao professor a criação de ambientes de aprendizagem, trabalhando com conhecimentos significativos;

8) cabe ao professor a identificação, para cada aluno, de um constructo denominado Zona Proximal de Desenvolvimento (ZPD), conforme Vygotsky;

9) cabe ao professor a mediação do processo de aprendizagem do aluno.

Espero estar contribuindo para contextualizar e esclarecer os fundamentos e os DESAFIOS do Projeto OLPC, no Brasil e no mundo.

Fico no aguardo dos justos e inevitáveis comentários.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Espartaco!

Aos poucos, a gente vai aprendendo estes conceitos. Sua lista, um "quase decálogo" :) ajuda bastante, principalmente quando se tem que explicar a leigos o que é o construcionismo, e a importância de se construir uma escola não-industrial.

Beatriz disse...

Oi Espártaco, conseguistes pontuar algumas das idéias mais fortes da base teórica!!Ficou claro e muito bom. No item 3 , sei bem o que quisestes dizer e concordo plenamente. Mas, do jeito que está pode dar idéia de que a tecnologia irá substituir a escola que conhecemos. Talvez uma pequena intervenção ficasse mais claro: A tecnologia não pode ser usada para melhorar a escola que temos: ela terá que ser utilizada para romper com essa escola e facilitar a construção da escola nova que queremos.
Claro que ai teremos que explicar bem qual é essa escola, embasada nos outros preceitos que aqui apresentas.
Um abração
Bea

Professor Fábio Freitas disse...

Muito bom seu blog
Sou professor e estava pequisando o projeto UCA e vim parar aqui. Ainda não estou por dentro da questão e nem cheguei ao final do blog, mas confesso que aquele tercerio ítem me assustou.